Incontinência Urinária no Idoso
O envelhecimento traz consigo uma série de situações. Sejam problemas de saúde ou hábitos, existem muitos aspectos que caracterizam essa fase. Isso porque o corpo humano envelhece e está sujeito ao enfraquecimento, perdendo elasticidade, imunidade, força, dentre outros aspectos. Por isso, alguns problemas são mesmo comuns nessa faixa etária e não tem como fugir. Em contrapartida, não é preciso aceitar algumas complicações como um mal na vida do idoso, pois muitas podem ser tratadas e amenizadas. É o caso, por exemplo, da incontinência urinária.
A incontinência urinária é a dificuldade ou incapacidade de reter a urina. Este problema muitas vezes é equivocadamente tratado como algo inerente ao envelhecimento, sendo este sua causa. Porém, isso é um mito, visto que a incontinência pode ter diversas causas, não ligadas à terceira idade, e também pode estar presente em diversas fases da vida.
Por isso, hoje iremos falar sobre a incontinência, quais são suas causas nos idosos, como podem ser tratadas e amenizadas, para que o indivíduo tenha uma vida confortável e livre de constrangimento.
Incontinência: Causas, tipos e tratamentos
A perda de urina, de modo involuntário, pode ser provocada por uma série de fatores. Existem desde causas mais simples, quanto causas mais graves. Dentre as causas da incontinência urinária na terceira idade, temos, a sensibilidade no músculo da bexiga, o que acontece com o passar do tempo. É chamada de incontinência urinária de esforço, quando não há força muscular pélvica suficiente para reter a urina.
Nesse caso, tosses, espirros e quaisquer outras contrações musculares podem ocasionar a perda. É possível tratar com cirurgia ou com fisioterapia, que ajuda a fortalecer o músculo da região.
Ademais, o uso de medicamentos diuréticos ou que tenham tal consequência, pode ser um dos causadores da incontinência. Na terceira idade é muito comum que os idosos tomem vários remédios, e alguns deles pode ter como efeito colateral a perda de controle da bexiga. Estes medicamentos podem ser alterados, conforme a necessidade do idoso.
Existem também outras causas, como a prévia ocorrência de câncer de próstata, doenças pulmonares obstrutivas que causam pressão abdominal, obstrução do trato urinário, menopausa, tosse crônica em fumantes, dentre outras causas.
Também, o que é diagnosticado como incontinência pode indicar, na verdade, uma certa confusão na cabeça do idoso, que não entende ou sente que precisa ir ao banheiro. Isso pode ser decorrente de Alzheimer, Parkinson, dentre outras causas de demências.
Existem alguns tipos principais de incontinências urinárias, que podem ocorrer tanto em idosos quanto em jovens. Como dito, existe a Incontinência Urinária de Esforço, que é o tipo mais comum de incontinência, e acomete mais as mulheres do que os homens. E ocorre quando a pessoa corre, tosse, dá uma gargalhada, pega peso, espirra, e etc.
Já a Incontinência Urinária por Urgência acontece quando a pessoa sente uma vontade súbita de fazer xixi, e em muitos casos, nem tem tempo suficiente para chegar ao banheiro. A principal causa desse tipo de incontinência é a bexiga hiperativa, que se contrai involuntariamente. Dentre os motivos que podem levar a bexiga a ficar assim estão mudança nos nervos na base da mesma, e a infecção urinária.
Outro tipo é a Incontinência Urinária Mista, o resultado da combinação entre os dois primeiros tipos de incontinência: de esforço e por urgência. A pessoa sente vontade de fazer xixi, devido à hiperatividade da bexiga, a todo momento, e não consegue ter o controle sobre a saída da urina.
Por fim, existe a Incontinência Urinária Por Transbordamento, que é quando o limite da bexiga é ultrapassado, por ficar um período maior sem esvaziá-la. Nesse caso, o xixi começa a transbordar. Pode estar relacionada com uma fraqueza no músculo da bexiga ou devido ao aumento da próstata, no caso de homens.
Para iniciar o tratamento desse problema, é preciso levar em consideração o histórico de cada paciente. É preciso considerar também como a incontinência está se manifestando em cada pessoa. Há casos em que apenas a mudança de alguns hábitos é suficiente, como evitar o consumo de bebidas que irritam a bexiga, como a cafeína, por exemplo. Ademais, pode-se regular os horários para ir ao banheiro, para evitar que a bexiga fique muito tempo sem ser esvaziada, e etc.
Outra forma de tratar a incontinência urinária costuma ser por meio de medicamentos, com prescrição médica. Muitos ajudam a diminuir as contrações na bexiga. Porém, eles costumam causar efeitos colaterais, diarreia, retenção urinária, secura na boca, tontura, e etc. A questão é que, nem sempre, a fisioterapia é suficiente para tratar o problema.
Se, mesmo após a mudança dos hábitos e o uso de medicamentos, o problema não for solucionado, existe ainda a possibilidade de uma intervenção cirúrgica, que fará com que a bexiga seja levantada e fortalecerá o fluxo urinário de saída.
É sempre importante procurar um médico. Ele irá investigar as principais causas do problema e procederá com o tratamento adequado para cada caso.