Porque idosos perdem a memória? É Alzheimer?

Com a população idoso aumentando cada dia mais, é inevitável que certas situações apareçam com maior facilidade. Por exemplo, as pessoas estão ficando cada vez mais velhas e chegando facilmente aos 85 ou 90 anos de maneira satisfatória. Porém, em alguns casos, o maior vilão destas pessoas é a memória. Mas afinal de contas, perder a memória é normal? Em qual caso pode ser associada a perda de memória com uma degeneração cognitiva ou mesmo uma demência como o Alzheimer? Leia o texto abaixo e saiba qual é a linha que divide esse problema.

Primeiro de tudo temos que ter em mente que vivemos uma era onde somos extremamente bombardeados por grandes informações a todos momento. Muitas vezes saímos do trabalho mas continuamos a pensar nele e não prestamos atenção ao nosso redor. Isso causa estresse, além de provocar um cansaço maior devido ao esforço constante do cérebro.

Essa falta de descanso pode acarretar numa perda natural de memória recente. Ou seja, a pessoa se lembra claramente com detalhes de histórias da sua infância e adolescência, porém não consegue se lembrar do que comeu ou mesmo telefone de casa. A linha para determinar o que é um perda natural, para o que seria um caso de Alzheimer é muito tênue, porém quanto mais cedo for o diagnóstico, mais fácil será de tratar a doença.

Nem sempre a perda de memória deve estar intrinsecamente ligada ao fator do envelhecimento. Existem muitas pessoas que estão acima dos 80 anos mas tem uma saúde em sua memória muito boa. Para tanto precisamos distinguir o esquecimento benigno do esquecimento maligno.

Identificando o esquecimento

Normalmente o processo de esquecimento se inicia com atividades corriqueiras do dia a dia. Esquecer de pagar uma conta, de ir a um compromisso, do que estava fazendo no momento, entre outros episódios, podem ser mais comuns conforme a idade vai avançando. O caso começa a ficar mais sério quando os episódios ficam mais constantes e a pessoa começa cometer deslizes no trabalho ou mesmo esquecer nome de pessoas que vê todas as semanas, isso pode ser indício de um quadro do que é chamado de “sintoma de síndrome demencial”.

Perda de memória pode ser comum, mas deve sempre ter atenção redobrada conforme o avanço da idade

 

O termo pode ser pesado ao se ouvir pela primeira vez ou mesmo ser usado de forma pejorativa no país, mas pode ser mais comum do que parece. Segundo estudos, cerca de 20% até 30% dos casos de déficit de atenção ou perda de memória são fases iniciais de um quadro de demência. Por esse motivo deve-se sempre ter atenção redobrada quando esses casos começarem a surgir.

Não devemos confundir esquecimentos normais – quem nunca esqueceu a chave do carro ou celular em casa? – com esquecimentos que de fato impactam a vida de uma pessoa. Se alguém um dia sabia de cor do telefone de todos na família e hoje não lembra nem do seu, pode ser um sinal claro que a ajuda médica deve ser procurada.

Identificando o Alzheimer

O Alzheimer é uma das doenças mais devastadoras da atualidade. Porém apenas 5% da população com 50 anos sofre desse mal. O número aumenta quando a idade vai passando, até chegar aos 50% da população com 90 anos.

Porém o Alzheimer não é simples de ser diagnosticado. Pelo simples fato de que o Alzheimer é a perda da função intelectual do paciente, que cresce de maneira lenta e gradativa. Para conseguir ter o diagnóstico de Alzheimer, deveria ser feita uma biópsia do cérebro, mas já que não é possível com paciente em vida, o médico responsável faz por exclusão de outras doenças, pois existem entre 30 e 40 outras possibilidades de doenças que não são Alzheimer. Ainda que seja a doença mais comum, o Alzheimer só pode ser diagnosticado após essa conclusão por exclusão.

Após essa identificação, o paciente começará o tratamento que visa retardar ao máximo a evolução da doença, mesmo que infelizmente ela não tenha cura nem possibilidade de interromper seu desenvolvimento. Mas é possível ter uma vida minimamente estável e com boa qualidade de vida se acompanhada da maneira correta.

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