O Que é Cateterismo Vesical? 

O cateterismo vesical é uma técnica que se baseia na introdução de uma sonda vesical, ou um cateter, como é mais conhecido, através da uretra até chegar à bexiga. Este processo tem a finalidade de permitir que a urina saia. Isso porque algumas pessoas têm dificuldade em controlar a saída do xixi, devido à algum problema, como dilatação uretral, hipertrofia da próstata, dentre outros.

Essa técnica também é usada em situações onde é preciso preparar um paciente para alguma cirurgia ou quando é preciso realizar um exame em urina estéril. A prática do cateterismo vesical intermitente é comumente realizada em idosos que adquiriram esta dificuldade de urinar espontaneamente devido à demências ou doenças, como câncer de próstata.

Cateterismo Vesical

Como dito anteriormente, o cateterismo vesical é uma técnica em que a sonda é inserida na uretra até a bexiga para coletar diretamente a urina. Consiste em um balão interno, que depois de cheio, prende a sonda na bexiga. O tubo desce pela uretra e despeja a urina na bolsa externa, que fica presa na coxa do paciente. Basicamente, existem dois tipos de cateterismo vesical. Confira abaixo:

Cateterismo Vesical de Demora: é usado quando a drenagem é contínua e o cateter deve permanecer por um período maior. Nesse caso, usa-se o cateter de Owen ou o cateter de Foley. Essa técnica é feita quando é preciso monitorar o débito urinário, esvaziar a bexiga, realizar irrigação vesical, realizar um preparo cirúrgico e reduzir o contato da urina com alguma lesão perto da região genital.

Cateterismo Vesical de Alívio ou Intermitente: nesse caso, o cateter fica por menos tempo no paciente. E a sonda mais usada para essa técnica é a Nelaton. Usa-se essa técnica para proporcionar imediatamente um alívio em pacientes com paralisia e que apresentam retenção urinária, ou antes de procedimentos médicos. Pacientes com bexiga neurogênica também podem usar essa técnica para retirar uma amostra estéril de urina, ou para realizar um exame de urina residual, depois de esvaziar a bexiga de forma espontânea.

Material utilizado para realizar o cateterismo vesical.

Quais os Riscos do Cateterismo Vesical?

Como já dissemos, há riscos envolvidos na realização do cateterismo vesical. Esta técnica só deve ser feito caso seja realmente necessário e também por pessoas que sejam especializadas em cuidados médicos. Nas situações, porém, em que se faz necessária a introdução do cateter na casa do paciente, é necessário que um enfermeiro ensine como é feito o procedimento correto. Cuidadores de idosos podem realizar o procedimento, com supervisão médica.

Alguns efeitos colaterais do uso constante da sonda é a infecção do trato urinário, mais comum em idosos e pacientes que apresentam insuficiência renal, ou em mulheres, provocada por uma preparação inadequada da região antes de inserir a sonda. Além disso, pode ocorrer trauma na uretra causado por pressão do cateter.

Ademais, há o risco do uso inadequado da técnica de instalação do cateter, contaminação dos materiais e contaminação da região onde o tubo do cateter será conectado.

Para se evitar os problemas descritos acima, antes de mais nada, é preciso que o pacote dos materiais seja estéril. São utilizados para realizar a instalação do cateter o tubo vesical, o campo fenestrado com fenda, a solução asséptica líquida (como iodopovidona), gel anestésico (como lidocaína), pinça pean, luvas, cuba redonda pequena, ampola de água destilada, seringa de 20 mL, pacote de gaze e a bolsa coletora.

O ideal é que a sonda vesical tenha um calibre menor, que possibilite uma correta drenagem da urina, sem causar lesões à uretra. Outra observação é importante é sobre a bolsa coletora, que precisa ter um tamanho suficiente para facilitar a mobilidade, de forma que também não cause nenhuma lesão na uretra e nenhuma tensão no cateter.

O cateterismo vesical pode ser utilizado também, além dos casos descritos, para verificar casos de perda de sangue pela urina, medir o volume residual de urina, controlar a incontinência urinária, esvaziar a bexiga antes, durante a depois de exames ou de uma cirurgia, aliviar a retenção aguda ou crônica da urina e recolher urina estéril para exames.

Ademais, reafirma-se que a realização dessa técnica deve ser realizada somente por um profissional da saúde, pois há um grande risco de o paciente sofrer alguma lesão, uma hemorragia ou contrair algum tipo de infecção. Estes profissionais também devem cuidar para mudar constantemente o local de fixação da bolsa externa, para não ocasionar feridas na pele dos pacientes.

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