O que é Alzheimer?
A Doença de Alzheimer é uma das grandes preocupações em relação à saúde das pessoas idosas. Durante muito tempo, ela foi erroneamente classificada como “caduquice” ou “esclerose”, mas hoje se sabe que a doença tem quadros bastante específicos e possibilidade de tratamento, ainda que sua cura ainda não tenha sido descoberta.
Em qual idade o Alzheimer aparece?
Existem casos raros de aparecimento da doença na faixa dos 50 anos, como foi recentemente tratado no filme Para sempre Alice. No entanto, esses casos são muito incomuns. Cerca de 1% da da população entre 60 e 65 anos apresenta a doença. A partir dessa idade, a ocorrência vai aumentando mais rapidamente, sendo que cerca de 40% da população com mais de 85 anos sofre com o Alzheimer.
Na prática, isso quer dizer que após os 65 anos a atenção às funções cognitivas deve ser aumentada para que a doença possa ser diagnosticada precocemente.
Como a doença foi descoberta?
O mome Alzheimer faz menção ao médico Alois Alzheimer, que foi o primeiro cientista a descrever o processo de demência progressiva. Ele foi responsável por publicar o caso da paciente Auguste Deter, que começou a perder a memória com 51 anos, apresentando sintomas como desorientação, dificuldade de linguagem e outros distúrbios cognitivos. Ela morreu com 55 anos e teve seu cérebro examinado pelo Dr. Alzheimer.
A partir dessa análise, ele pode caracterizar o quadro que hoje conhecemos como Doença de Alzheimer. O caso de Auguste Deter está entre as raras aparições da doença em pacientes com menos de 60 e talvez por isso tenha chamado a atenção do especialista, já que a perda de memória em idades mais avançadas sempre foi vista como algo corriqueiro.
O que é o Alzheimer?
Com base no que foi descoberto por Alois Alzheimer e nas pesquisas científicas realizadas sobre a doença, é possível dizer que o Alzheimer se define por um tipo de demência, ou seja, uma perda das funções cognitivas como memória, senso do orientação, linguagem e etc. Esse quadro ocorre devido à morte de células cerebrais, com consequentes perdas neuronais. A perda das funções cerebrais ocorre de maneira gradual: primeiro em situações mais cotidianas até chegar aos estágios mais avançados. Por isso, o Alzheimer normalmente é dividido por especialistas em 7 fases:
- Pré-clínico – ainda sem sintomas aparentes, mas em início de desenvolvimento;
- Transtorno cognitivo leve – são observadas as primeiras evidências de perda cognitiva;
- Forma leve – pequenos esquecimentos são notados por pessoas próximas, como amigos e familiares;
- Forma moderada – episódios de confusão mental, além do aparecimento de outros sintomas como apatia e irritação;
- Forma moderadamente grave – o problema começa a afetar a vida prática do paciente, que tem dificuldade para realizar seus afazeres pessoais e passa a depender de cuidados;
- Forma grave – o quadro se desenvolve para problemas de incontinência urinária e fecal, delírios e obsessões. O paciente depende de cuidados em tempo integral e pode ser internado por essa razão;
- Forma muito grave – ocorre a perda da capacidade de comunicação, incapacidade de locomoção e, em muitos casos, a perda total da consciência.
O tratamento deve ser iniciado assim que surgem os primeiros sintomas, comuns na forma leve da doença. Com uso da medicação, é possível retardar o avanço da doença e reduzir os efeitos da perda cognitiva, garantindo mais qualidade de vida para os pacientes.