Memento Mori e Tanatofobia: Como Lidar Com a Morte 

Memento mori é uma expressão que vem do latim, e que significa algo do tipo “Lembre-se que você é mortal” ou “Lembre-se que você vai morrer”. É um pensamento muito comum na literatura, especialmente na barroca. E também é comum em muitas religiões, como no Budismo, por exemplo.

E, esta expressão se relaciona proximamente com a Tanatofobia, que é o medo da morte. Porém, não é apenas um receio, mas um pavor excessivo. Saiba abaixo como estes dois conceitos se relacionam e como lidar.

Tanatofobia – O Que é?

O medo da morte é algo comum, e até importante. Caso contrário, se não temêssemos morrer, com certeza iríamos arriscar as nossas vidas e as de outras pessoas também.

Antes de mais nada, falaremos um pouco do que é a fobia. Embora algumas pensem que é o mesmo que sentir medo, não é bem assim. Fobia e medo são coisas diferentes. O medo está ligado à algo real. Já a fobia é quando a pessoa sente um pavor de algo sem explicação, como de animais, de situações e etc. Mas são coisas que sem sempre oferecem risco. O pavor que as pessoas sentem no caso da fobia chega a ser tão extremo, que as pessoas costumam deixar de fazer as coisas ou de irem a certos lugares por terem muito pavor.

A tanatofobia, palavra de origem grega, é o medo excessivo da morte. Thanatos, filho de Nix, deusa da noite, e de Hipnos, deus do sono. O personagem teria sido gerado sem precisar da ajuda de nenhum deus, e ele mora no reino dos mortos. As esculturas que o representam são sempre de uma pessoa com o rosto pálido e coberto com um véu, segurando uma foice e de olhos fechados.

Quais São os Sintomas da Tanatofobia?

As pessoas que sofrem de tanatofobia, só de ouvirem falar na morte, já ficam em pânico. E não querem nem ver nada que trate do assunto, como livros, novelas, filmes, e etc. Ainda que a pessoa com tanatofobia não tenha, no dia a dia, nenhum contato relacionado à morte, ela sempre tem pensamentos sobre o assunto e que atrapalham a sua vida.

Geralmente, essas pessoas apresentam alguns sintomas, como problemas para conseguir diferenciar o que é real e o que é ilusão, vontade de fugir do local em que está, boca seca, têm palpitação, sudorese, náuseas, tonturas, dormência, formigamento, falta de ar, dor no peito, sudorese e onda de frio. Ademais, a pessoa procura evitar de sair de casa e sente medo de perder o controle e acabar enlouquecendo.

Como é Feito o Diagnóstico da Tanatofobia?

É um tanto complicado diagnosticar esse problema. Pois ele apresenta sintomas semelhantes à bipolaridade e à depressão. Esses dois problemas apresentam sintomas como falta de interesse pela vida, pensamentos negativos, delírio e muita ansiedade.

Por isso, é muito importante que o próprio paciente observe o seu comportamento e os sintomas que anda apresentando. E também quais impactos esses sintomas causam na sua vida.

Além da depressão e a bipolaridade, a tanatofobia também pode ser confundida com o Alzheimer e a esquizofrenia. Para eliminar as chances de ser um problema físico, o médico certamente pedirá que o paciente realize alguns exames clínicos.

Existem 3 alternativas de tratamento para a pessoa com tanatofobia. São elas:

Terapia cognitivo-comportamental: nessa terapia, o paciente passará por treinamento para acabar com os pensamentos negativos. É um tratamento com foco no problema atual da pessoa. Ela mostra para o paciente que o nos afeta, na verdade, não é o acontecimento em sim, mas a maneira que o interpretamos.

Terapia comportamental: a análise do problema é feita sob o viés de situações que já aconteceram, mas não foram solucionadas. As técnicas usadas são baseadas na análise experimental do comportamento. No decorrer do processo, o terapeuta faz com que a pessoa compreenda as causas que originaram o comportamento e trata as consequências da atitude.

Programação neurolinguística: atua reprogramando a mente, de forma a alterar os padrões negativos de pensamento. Algumas expressões negativas são eliminadas do vocabulário, como “nunca”, por exemplo.

Qualquer tipo de fobia, seja de morrer, ou outra, precisa ser tratada, para que a pessoa viver normalmente, com mais qualidade.

Deixe sua mensagem

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *