Como Conviver Melhor Com Uma pessoa Com Alzheimer
O Alzheimer é uma doença degenerativa que causa demência em idosos, comumente. A convivência com uma pessoa com Alzheimer pode ser algo desafiador, pois desde os primeiros estágios é necessário ter muita paciência e compreensão, além de entender os sintomas da doença.
Para evitar muitos conflitos desnecessários, é importante que a família esteja preparada para o que essa doença pode causar. A sensibilidade é a questão mais importante a que devemos nos atentar neste momento. Porém, ainda deve-se entender as questões mais relacionadas aos sintomas da doença, como vamos ver a seguir.
Como lidar com o Alzheimer?
O Alzheimer é uma doença que possui diversas fases, desde as mais iniciais até as mais graves. A família ou o indivíduo comumente percebe que está com Alzheimer devido aos sintomas iniciais, que se configuram em esquecimentos leves, vagareza em se realizar certas tarefas, dentre outros. Assim, a pessoa pode começar a sentir vergonha devido a sua situação, por não lembrar nomes de pessoas próximas, por exemplo.
Por isso, não faça nada que deixe a pessoa com vergonha. Ainda que ela se comporte, em muitos casos, como uma criança, não chame a sua atenção e não faça nada que possa deixá-la constrangida. Isso pode deixá-la envergonhada e triste, além de desmotivada. Foque nas atitudes certas e procure incentivá-las.
Tenha paciência
Além disso, repita o que já disse sempre que for preciso. Muitas pessoas perdem a paciência, pois o doente se esquece de muitas informações, inclusive de algo que acabou de ser dito ou feito. Por isso, não espere que ela se lembre de tudo o que você disse. Repita sempre que for preciso, e não fale pra ela que você já respondeu. É preciso muita calma.
Outro aspecto importante é jamais discutir com a pessoa. É normal as pessoas com Alzheimer sejam teimosas, e isso se agrava quando elas apresentam algum tipo de alucinação. O ideal é sempre entender o que ela diz, mas dizer que você pensa diferente. Ou seja, não bater de frente com o doente.
Também, não espere que a pessoa se lembre sozinha de algo, como de tarefas cotidianas. Afinal, a falta de memória é dos sintomas mais evidentes do Alzheimer. Sempre ajude, fale sobre a situação ou objeto que ela está querendo se lembrar, dê dicas, e ajude da melhor forma.
Evite argumentar, pois é importante sempre se lembrar de que a pessoa está doente, e que suas faculdades mentais não estão boas. Por isso, não fique argumentando com ela, acerca de algum assunto que você deseja provar. Ao invés disso, tente encontrar algo que a distraia. Chame-a para fazer algo que ela goste, como assistir TV, fazer uma caminhada, e etc.
Agora, passemos a algumas atitudes importantes que podem ajudar muito na convivência com a pessoa com Alzheimer. É necessário que a família aprenda a lidar com a doença e entenda o que ela causa, para que a família não adoeça junto com o paciente. É importante conhecer a doença e saber quais as mudanças acontecerão em cada fase. Dessa forma, todos ficam preparados para o que virá com o desenvolvimento da doença. Também é preciso trabalhar o psicológico para não perder a paciência, saber compreender os momentos difíceis com o paciente e não deixar de estimular a pessoa sempre.
Aspectos práticos
Em um aspecto mais prático, a casa deve ser adaptada de forma a garantir a segurança do idoso. Evite tapetes pela casa, instale corrimão no banheiro e perto do vaso sanitário, instale proteção nas janelas, coloque um piso antiderrapante no banheiro, mantenha os objetos que o idoso mais usa em um local de fácil acesso, e outros. É importante que todos os objetos pessoais do idosos permaneçam perto dele, para que assim ele evite de sempre ficar procurando.
Alem disso, estimule a autonomia. Um aspecto que pode retardar a doença é estimular o idoso a fazer atividades sozinho, e só ajudar se for realmente preciso. Atividades que oferecem riscos, como cozinhar, ir ao banco, e outras, devem ser evitadas.
Converse com a pessoa, mas evite fazer perguntas difíceis, como o nome de pessoas que ela não se lembra, o que fez ontem, etc. Estimular a memória é algo benéfico, mas em excesso pode irritar o idosos. Manter um diálogo com uma pessoa com Alzheimer pode ser bem complicado, pois ela não irá se lembrar de muita coisa, mas não se irrite. Por isso, faça perguntas simples, que ela tenha condições de responder. As frases devem ser curtas, e não é conveniente falar de mais de um assunto por vez, para evitar confusão na cabeça do idoso.